Egon von Greyerz: Quando a esperança morre, o ouro sobe - Sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

 

Egon von Greyerz: Quando a esperança morre, o ouro sobe - Sexta-feira, 8 de dezembro de 2023



QUANDO A ESPERANÇA MORRE, O OURO SOBE

Egon von Greyerz -@GoldSwitzerland

O mundo está agora a testemunhar o fim de uma moeda e de um sistema financeiro que os chineses já previam em 1971, depois de Nixon ter fechado a janela do ouro.

Não restam bons cenários para um país, moeda e obrigações soberanas que substituíram a produtividade, os orçamentos equilibrados, os excedentes comerciais e o rendimento nacional por uma dívida historicamente sem precedentes, défices gêmeos e um banco central que se tornou o antinatural e de facto ( ainda preso) gestor de carteira sobre a nossa economia destroçada e mercados totalmente centralizados.

Quando a janela do ouro foi fechada em 1971, eu trabalhava num banco suíço em Genebra. Na época, um dólar custava 4,30 francos suíços. Hoje, 52 anos depois, um dólar custa 0,88 francos suíços! Não há prêmio por chegar primeiro ao fundo. O dólar caiu quase 99% em termos reais desde 1971. Portanto, falta pouco mais de 1% para chegar a ZERO. Debater se uma moeda, que caiu 98,2% nos últimos 52 anos, irá fortalecer-se ou enfraquecer-se nos próximos um ou dois anos é realmente perder o sentido. Cada moeda, sem falhar, foi para ZERO. E é para lá que se dirige o dólar e os seus lacaios.

A dívida suíça em relação ao PIB é de cerca de 40%. Este era o nível da dívida dos EUA em 1971, antes de a janela do ouro ter sido fechada.

Quando se trata de lamentar o lento desaparecimento da economia americana, o IOU/USD soberano e o fracasso absoluto dos nossos decisores políticos “centrados apenas na reeleição”, estas fases de luto são fáceis de ver, mas mais fáceis de ignorar. O sistema político é claramente uma farsa. É preciso mentir para ser eleito e é preciso mentir para permanecer no poder. É isso que os eleitores crédulos esperam. O triste resultado é que eles sempre serão enganados.

A Reserva Federal tem agora 1,3 biliões de dólares em perdas não realizadas no seu balanço.