Resumo dos Arquivos JFK - por Nick Alvear
Resumo dos Arquivos JFK por Nick Alvear
Ariel - @Prolotario1
Arquivos JFK: um resumo
Nick fez uma ótima análise para aqueles que estão com pouco tempo.
1. Principais revelações e informações notáveis:
Os documentos recém-divulgados, embora não revelem uma única "prova irrefutável", lançam mais luz sobre várias facetas da saga do assassinato de JFK.
Notavelmente, alguns arquivos mostram que agências governamentais retiveram ou tiveram dificuldades com informações durante a investigação original.
Por exemplo, um memorando da CIA recentemente desclassificado contém uma entrevista de 1964 com um funcionário da CIA sobre inconsistências no que a CIA e o Departamento de Estado disseram à Comissão Warren a respeito dos americanos na União Soviética.
Isso sugere que a Comissão Warren pode não ter recebido informações completas dessas agências na época, algo que os historiadores há muito suspeitavam.
2. Monitoramento de Oswald pela CIA:
Vários documentos indicam que a CIA tinha mais conhecimento das atividades de Lee Harvey Oswald do que anteriormente reconhecido. Uma revelação é a evidência de que a CIA estava rastreando os contatos de Oswald com oficiais soviéticos e cubanos na Cidade do México cerca de seis semanas antes do assassinato.
Os arquivos levantam questões persistentes sobre o que a CIA sabia sobre a viagem de Oswald (durante a qual ele visitou a embaixada soviética) e se essa informação foi devidamente compartilhada com outras autoridades.
Em geral, os novos registros ressaltam que Oswald estava no radar da CIA e do FBI no período que antecedeu novembro de 1963 – um aspecto que alimenta especulações de que um contexto importante foi perdido ou retido.
3. CIA e grupos cubanos anti-Castro:
Outra informação recentemente divulgada é um memorando da CIA confirmando que o agente da CIA George Joannides havia canalizado US$ 25.000 para um grupo de exilados cubanos anti-Castro que havia interagido com Oswald.
(Joannides serviu mais tarde como contato da CIA com investigadores do Congresso na década de 1970, sem revelar seu papel em 1963 – um fato que não era totalmente conhecido até agora.)
Esse vínculo financeiro sugere que a CIA estava indiretamente conectada a figuras que se envolveram com Oswald, acrescentando uma camada de contexto às atividades públicas pró-Castro/anti-Castro de Oswald em Nova Orleans.
4. Contexto da Guerra Fria – Cuba e URSS:
Muitos dos documentos fornecem informações mais aprofundadas sobre o ambiente da Guerra Fria em torno do assassinato.
Por exemplo, relatórios de inteligência do Departamento de Defesa de 1963, agora divulgados, discutem a estratégia de Cuba na América Latina e as intenções de Fidel Castro.
Um relatório concluiu que era improvável que Castro provocasse uma guerra com os EUA ou tomasse medidas que colocassem seu regime em risco, embora ele continuasse apoiando insurgências comunistas na região.
Esses arquivos não estão diretamente relacionados ao assassinato de Kennedy, mas mostram o que o governo dos EUA estava pensando e fazendo em relação a Cuba e à União Soviética na época (contexto que pode ter influenciado teorias sobre se esses adversários estavam envolvidos no assassinato).
5. Conhecimento prévio do FBI sobre ameaça a Oswald:
Um detalhe particularmente marcante nos novos registros é um relatório do FBI sobre um telefonema alertando sobre o assassinato iminente de Lee Harvey Oswald.
De acordo com este documento do FBI, agora público, alguém ligou para as autoridades antes de Oswald ser baleado em 24 de novembro de 1963 (enquanto estava sob custódia policial) para alertar que Oswald seria morto.
Este aviso “profético” foi notado, mas, no fim das contas, não impediu Jack Ruby de executar o tiroteio. A existência deste memorando do FBI, há muito enterrado em arquivos, adiciona uma nota de rodapé assustadora à saga de Oswald – sugerindo que houve rumores de uma conspiração para silenciar Oswald logo após a morte de JFK.
6. Teorias da conspiração abordadas nos arquivos:
a coleção divulgada também contém várias referências às primeiras alegações de conspiração.
Alguns relatórios da CIA e do FBI da década de 1960 registraram especulações de que Oswald poderia ter sido um agente da KGB ou parte de uma conspiração cubana, ou que outros estavam envolvidos na morte de Kennedy.
Embora o consenso das investigações oficiais tenha permanecido de que Oswald agiu sozinho, esses arquivos mostram que as autoridades coletaram e consideraram uma ampla gama de pistas (desde informações sobre desertores do bloco soviético até rumores sobre envolvimento da máfia).
Em um exemplo, um documento da CIA registra uma teoria de que Oswald deixou a URSS em 1962 já planejando assassinar o presidente Kennedy. Essas reflexões históricas eram conhecidas em parte antes, mas agora o público pode ler os documentos originais na íntegra.