BRICS sem a China? A ausência de Xi na cúpula do Brasil não é coincidência

 





BRICS sem a China? A ausência de Xi na cúpula do Brasil não é coincidência


O próprio BRICS está passando por uma transformação histórica, expandindo-se para incluir cinco novos membros em 2025, o que ressalta sua crescente influência no hemisfério sul e na economia mundial em geral. O grupo agora representa 40% do PIB global, um aumento notável em relação aos seus números de 2000. 

Para muitos países-membros, o BRICS oferece uma alternativa às instituições dominadas pelo Ocidente, promovendo a multipolaridade, a soberania e a liderança compartilhada. O vídeo sugere que a ausência da China pode refletir uma nova doutrina diplomática — liderando nem sempre pela frente, mas às vezes pelas sombras, confiando em sua influência arraigada em vez de sua presença pessoal. 

Essa manobra sutil introduz uma nova dinâmica no BRICS, onde o simbolismo e a unidade permanecem cruciais. O futuro do BRICS e dos equilíbrios de poder globais pode depender fortemente de a China continuar a se envolver visivelmente ou optar por uma presença mais ambígua e estratégica.

A ausência de Xi Jinping na cúpula do BRICS é um evento diplomático carregado de significado. Desde a fundação do BRICS, a presença de Xi tem sido uma constante, sinalizando o papel central da China. Sua ausência durante a pandemia foi compensada pela presença virtual, tornando esta ausência física em 2025 notável. 

Oficialmente, é uma questão de agenda, mas em termos diplomáticos, tal ausência envia uma mensagem deliberada. Sugere que a China pode estar recalibrando sua abordagem de liderança dentro do BRICS, escolhendo quando e como se envolver em vez de manter visibilidade constante.

Essa mudança pode ser interpretada como uma retirada estratégica para criar ambiguidade, dificultando a capacidade de outros atores globais de prever os movimentos da China. Na diplomacia internacional, a imprevisibilidade pode ser uma fonte de poder, permitindo que Pequim mantenha a influência sem se comprometer excessivamente. 

Essa abordagem reflete táticas observadas em outros contextos geopolíticos, como o estilo diplomático imprevisível do ex-presidente dos EUA Donald Trump, onde o caos e a incerteza se tornam ferramentas de negociação.

O vídeo destaca as tensões internas dentro do BRICS, especialmente entre a China e outros membros como Brasil e Índia. O convite de Lula a Modi pode ter sido percebido por Pequim como um sinal de que o papel central da China estava sendo questionado. Embora a China continue sendo o peso-pesado indiscutível no BRICS, essas sutis ofensas diplomáticas sugerem rachaduras emergentes na unidade da coalizão.

Apesar dessas tensões, o BRICS está expandindo e aprofundando sua influência. A adição de cinco novos membros amplia a presença global e o poder econômico do BRICS. O grupo agora representa 40% do PIB mundial, um sinal da mudança no equilíbrio econômico global em direção aos mercados emergentes e ao Sul Global. Essa expansão fortalece o BRICS como um contrapeso às instituições lideradas pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial.

A influência global da China está profundamente enraizada nos laços comerciais, de infraestrutura e de investimento com os BRICS e outros países do Sul Global. Essa influência arraigada significa que a China pode não precisar afirmar seu domínio por meio de aparições simbólicas de Xi Jinping. Em vez disso, a China pode estar exercendo poder de forma estrutural e silenciosa, confiante de que seus interesses são salvaguardados por meio de redes econômicas e políticas, e não apenas por diplomacia pessoal.

No entanto, o simbolismo continua importante, especialmente em coalizões como os BRICS, onde a unidade e a liderança coletiva são fundamentais para manter a legitimidade. A decepção expressa por Lula e outros sinaliza que, embora a China possa se dar ao luxo de recuar, a imagem de tal desengajamento traz riscos para a coesão do grupo.

Em última análise, o vídeo enquadra a ausência de Xi Jinping como um potencial indicador de uma nova doutrina diplomática em um mundo que se distancia da unipolaridade rumo à multipolaridade. 

Essa doutrina abraça a ambiguidade estratégica e o engajamento seletivo, refletindo as complexidades da dinâmica contemporânea de poder global. O futuro dos BRICS e, por extensão, da ordem global, pode depender de como a China equilibra seu papel de liderança entre a presença visível e a influência nos bastidores.

A trajetória futura dos BRICS, e de fato o panorama mais amplo dos equilíbrios de poder globais, pode depender da China manter um papel visivelmente ativo ou optar cada vez mais por uma presença mais ambígua, porém estrategicamente poderosa. 

Para uma visão mais aprofundada dessas dinâmicas em desenvolvimento e da análise completa de Lena Petrova, seu vídeo abrangente oferece informações adicionais valiosas.