Durante décadas, a ficção científica serviu como uma espécie de espelho do futuro, não um reflexo exato, mas uma previsão inquietante.
Filmes que pareciam apenas entretenimento agora soam como alertas que ignoramos. A inteligência artificial, antes restrita a robôs humanóides como em Exterminador do Futuro ou Eu, Robô, hoje ganha voz e forma em assistentes virtuais, algoritmos autônomos e sistemas de vigilância que aprendem com nossos dados.
Já a engenharia genética, mostrada em obras como Gattaca e Jurassic Park, hoje se manifesta em edições genéticas como o CRISPR, na manipulação de embriões e na criação de organismos modificados, tudo em nome da “ciência”, mas com fronteiras éticas cada vez mais turvas.
A realidade imita a arte também no campo do controle social. Filmes como 1984 e V de Vingança projetaram regimes onde o cidadão é vigiado em tempo integral, suas opiniões suprimidas por uma verdade oficial imposta.
Hoje, câmeras, rastreamento digital e censura algorítmica já são práticas comuns. As armas inteligentes e autônomas, vistas em Robocop ou Minority Report, também deixaram de ser ficção: drones assassinos e sistemas de previsão criminal são testados ou já operam em campo.
E o que dizer das pandemias? Obras como Contágio e Ensaio sobre a cegueira previram o colapso de sistemas diante de vírus invisíveis. A COVID-19 foi um prenúncio, mas outras ameaças, naturais ou criadas em laboratórios, continuam à espreita.
A linha entre ficção e realidade nunca esteve tão tênue. Talvez o cinema não tenha previsto o futuro… apenas revelou verdades que já estavam sendo escritas nas sombras.
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