BRICS lança sistema intrabancário, ruptura do sistema financeiro ocidental - Quarta-feira, 28 de agosto de 2024



BRICS lança sistema intrabancário, ruptura do sistema financeiro ocidental - Quarta-feira, 28 de agosto de 2024


À medida que avançamos em agosto de 2024, o BRICS — composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — está rapidamente solidificando sua influência no cenário global. No mês passado, uma série de desenvolvimentos cruciais ressaltaram não apenas as ambições do bloco, mas também a oportunidade que ele apresenta para nações que buscam alternativas à estrutura econômica global tradicional, que há muito tempo é orientada por instituições ocidentais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Talvez a revelação mais marcante nas últimas semanas seja o interesse esmagador de países adicionais que buscam se juntar ao BRICS. Relatórios indicam que entre 40 a 47 nações de diversas regiões, incluindo África, Ásia e América do Sul, expressaram formalmente seu desejo de se tornarem membros deste influente grupo. Este aumento de interesse sinaliza um amplo reconhecimento do BRICS como um jogador significativo no tabuleiro de xadrez global, capaz de remodelar políticas econômicas e alianças.

O entusiasmo pela filiação é amplamente motivado pelo desejo de diversificar parcerias econômicas para longe dos Estados Unidos. Muitas nações percebem uma forte dependência do dólar americano como uma vulnerabilidade, potencialmente expondo suas economias a riscos significativos no caso de uma crise econômica nos EUA. Ao se alinharem aos BRICS, esses países estão explorando um caminho em direção a uma maior autonomia e estabilidade financeira.

Além de sua crescente filiação, o BRICS está trabalhando ativamente para desenvolver estruturas financeiras alternativas que permitiriam aos países membros operar além dos limites da hegemonia financeira ocidental. O Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (NDB) se destaca como uma iniciativa-chave nesse esforço. 

Desde sua criação, o NDB aprovou impressionantes 98 projetos de infraestrutura, totalizando US$ 33 bilhões. Esse apoio financeiro não apenas aborda as necessidades urgentes de desenvolvimento dentro das nações membros, mas também posiciona o NDB como uma alternativa confiável às instituições financeiras dominadas pelo Ocidente, conquistando respeito e confiança dos países em desenvolvimento.

Além disso, o BRICS está fazendo progressos no estabelecimento de um sistema de pagamento intrabancário que visa minimizar a dependência do dólar americano para transações transfronteiriças. Esta iniciativa é vista como um passo fundamental em direção à muito discutida desdolarização do comércio global. 

Ao criar um sistema que facilita transações em moedas locais, os membros do BRICS esperam melhorar a cooperação financeira e impulsionar o comércio entre si, ao mesmo tempo em que mitigam os riscos associados à dependência do dólar.

As implicações desses desenvolvimentos ressoam muito além dos limites do BRICS. A influência crescente do bloco pode anunciar o início de um mundo multipolar onde o poder econômico é distribuído de forma mais igualitária entre várias nações, em vez de concentrado em algumas instituições centradas no Ocidente.

À medida que países ao redor do mundo expressam uma crescente disposição de abraçar o BRICS, os desafios potenciais para normas estabelecidas de finanças e comércio internacionais são evidentes. Não se trata meramente de uma questão de política monetária; é uma mudança no cenário geopolítico que pode redefinir as relações entre as nações.

À medida que navegamos neste período transformador, o mundo está observando atentamente a evolução do BRICS e suas iniciativas. Será que isso se tornará a mudança de paradigma que muitos antecipam ou enfrentará resistência das potências existentes? O que permanece claro é que, à medida que mais nações buscam se juntar a esta coalizão, o potencial para uma ordem econômica global reestruturada está no horizonte.

Em nosso próximo vídeo, nos aprofundaremos nos últimos desenvolvimentos envolvendo o BRICS a partir de agosto de 2024, trazendo a você insights sobre o que essas mudanças significam para as finanças globais e o futuro das relações internacionais. Junte-se a nós enquanto exploramos como o futuro cenário econômico pode tomar forma em meio a essas dinâmicas em desenvolvimento.

Assista ao vídeo abaixo da Fastepo para mais informações.