A expressão “atentado de falsa bandeira” tem origem no campo militar e depois passou para a política e a geopolítica.
Origem:
Na antiguidade, navios de guerra às vezes içavam a bandeira de outro país para enganar o inimigo e se aproximar sem serem atacados. Antes de atirar, mostravam sua bandeira verdadeira. Daí vem o termo “falsa bandeira”.
Significado atual:
Um atentado de falsa bandeira é uma ação planejada para parecer obra de um inimigo, quando na realidade foi executada ou incentivada por outro agente, com o objetivo de culpar o adversário e justificar guerras, repressão ou controle social.
Exemplos históricos comprovados
1931 – Incidente de Mukden (China):
Militares japoneses explodiram trilhos de trem próprios e culparam a China para justificar a invasão da Manchúria.
1933 – Incêndio do Reichstag (Alemanha):
O Parlamento alemão foi incendiado. Ainda que a autoria seja discutida, está bem documentado que os nazistas usaram o episódio para suspender liberdades e perseguir opositores.
1939 – Operação Himmler (Polônia):
Soldados nazistas, disfarçados de poloneses, atacaram um posto fronteiriço. O fato foi usado como desculpa para a invasão da Polônia e o início da Segunda Guerra Mundial.
1954 – Operação Susannah (Egito):
Agentes israelenses colocaram bombas em alvos civis para culpar grupos egípcios. A conspiração foi descoberta e ficou conhecida como o Caso Lavon.
1962 – Operação Northwoods (EUA):
Plano elaborado pelo Pentágono previa ataques simulados contra civis em solo americano para culpar Cuba e justificar uma invasão. Nunca foi executado, mas os documentos foram desclassificados.
Anos 1970–1980 – Operação Gladio (Europa):
Rede clandestina da OTAN em países da Europa Ocidental. Investigações confirmaram seu envolvimento indireto em atentados atribuídos a grupos de esquerda, usados para fortalecer governos pró-OTAN e justificar medidas de segurança.
Resumo:
Atentados de falsa bandeira são uma estratégia real e documentada em várias ocasiões históricas, sempre usada para criar medo, manipular a opinião pública e justificar ações militares ou políticas.
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