No universo de Matrix, a fala de Morpheus a Neo sobre as pessoas não estarem preparadas para serem desligadas do sistema revela uma verdade crua sobre a condição humana.
O “sistema” ali retratado não é apenas uma ficção distópica, mas uma poderosa alegoria do mundo em que vivemos, um mundo onde a realidade é cuidadosamente fabricada para manter as massas adormecidas, obedientes e desconectadas da verdade.
A maioria das pessoas vive imersa nessa 'simulação', aceitando passivamente as narrativas impostas por estruturas de poder que moldam sua visão de mundo.
Não se trata apenas de ignorância, mas de um apego profundo ao conforto, à estabilidade ilusória que o sistema oferece.
O despertar exige ruptura, dor e questionamento, processos que poucos estão dispostos a enfrentar.
Desligar-se significa olhar para o abismo da incerteza, confrontar verdades inconvenientes e admitir que a vida inteira pode ter sido construída sobre mentiras.
Morpheus compreende que a programação mental começa cedo, nas escolas, nos meios de comunicação, nas instituições.
Trata-se de uma engenharia silenciosa que condiciona gerações a obedecer, a se conformar, a jamais questionar.
Quem ainda está preso ao sistema não é apenas uma vítima: torna-se, muitas vezes, seu protetor.
Defender o sistema é, para essas pessoas, defender a si mesmas, pois tudo o que acreditam ser, suas identidades, valores e certezas, está entrelaçado com essa ilusão.
É por isso que a verdade assusta. Ela desestabiliza, derruba muros, implode zonas de conforto.
E poucos têm a força de vontade necessária para seguir esse caminho.
Por isso, como Morpheus alerta, nem todos estão prontos para serem libertos.
Porque ser livre, de fato, exige muito mais do que apenas querer, exige sacrificar tudo aquilo que se acreditava ser real.
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